Nova Política?
É preciso realmente abrir as janelas da democracia A democracia de nosso tempo se debate com as velhas formas, de baixa intensidade, como se estivesse presa num labirinto que não para de crescer, voltada para si mesma, como realidade única. Trata-se de um monstro voraz, tentacular, labirinto sem fio de Ariadne, que impede a irrupção do novo porque não admite saídas de emergência. Nutre-se de uma herança de resíduos, obstinados, quase moribundos, como a ideia de território, que já não conhece limites, a de soberania, cujo prazo de validade parece ter expirado, assim como a ideia de povo, cada vez mais incerta e estilhaçada. Surgem de toda parte profetas da nova democracia a revelar em algum lugar do passado o elo perdido da “verdadeira democracia”, ou clamando por um novo absoluto, uma democracia tangível, perfeita, sem manchas do passado, projetada como a nova religião do futuro por uma invicta legião de santos. […] Leia mais no site de O Globo Leia outros texto de Marco Lucchesi no Clipping do CDV