Morte de civis em Gaza é uma afronta ao mundo civilizado
Meu caro Paolo dall’Oglio, escrevo-lhe esta carta aberta porque não sei de seu destino, após um ano de sequestro nas mãos do Estado Islâmico da Síria e do Levante, que hoje se proclama como um califado de sangue e horror.
As notícias são confusas: ora você aparece vivo, ora morto, ora fuzilado em Raqa, ora supliciado nos porões do regime de Assad, em Damasco.
Um emaranhado de hipóteses, piedosas ou conspiratórias, criam uma nuvem de angústia. Os que desejam realmente a paz no Oriente Médio, sem vitoriosos e perdedores, lamentam sua ausência, pois você tem sido um farol neste mar de sangue e atrocidade, um arauto da paz em meio a crimes de guerra e terrorismo, praticados pelo Estado ou a varejo, com apoio mais ou menos direto das grandes potências e com o assistencialismo das Nações Unidas, que parecem bombeiros que chegam tarde, para receber sua parte da herança dos mortos, na maior parte velhos, mulheres e crianças.
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