O Centro Dom Vital é uma instituição fundada no Rio de Janeiro em 1922 por Jackson de Figueiredo, jornalista convertido ao catolicismo em 1918, influenciado pelo então cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Sebastião Leme, que em 1916 havia lançado uma Pastoral quando ainda era arcebispo de Olinda, onde conclamava os católicos a se unirem para defender a fé católica ao atuar na sociedade. Quando o Cardeal Leme se transferiu para o Rio de Janeiro em 1921, Jackson fundou uma revista e lhe deu o nome de “A ORDEM”, para repercutir as ideias que o novo Arcebispo havia lançado seis anos antes. Um ano depois, juntamente com Hamilton Nogueira, Durval de Moraes, Jonatas Serrano, Vilhena de Morais, Perilo Gomes e José Vicente de Souza, fundou o Centro Dom Vital, tendo como Assistente Eclesiástico o Padre Leonel Franca, jesuíta. A instituição adotou como patrono o bispo Dom Vital pela identificação com as posições defendidas por aquele prelado, combater as instituições que, no dizer do Cardeal Leme, oprimiam o Brasil com o “peso de uma política agnóstica, sem princípios, sem fé, sem ideal”. Dom Vital, cujo nome era Antônio Gonçalves de Oliveira Júnior, nasceu no Sítio Jaqueira do Engenho Aurora, no município de Pedras de Fogo na Paraíba, à época território do Estado de Pernambuco, em 27 de novembro de 1844 e faleceu em Paris em 04 de julho de 1878. Ordenou-se sacerdote franciscano em 02 de agosto de 1868 e recebeu a sagração episcopal em 17 de marco de 1872, tendo sido o 20o bispo de Olinda. Dom Vital foi protagonista na Questão Religiosa, conflito ocorrido no Brasil entre a Igreja Católica e a Maçonaria (de março de 1872 a setembro de 1875) por conta da interdição imposta pelo próprio Dom Vital e pelo Bispo do Pará, Dom Antônio de Macedo Costa, ao clero e aos católicos de se relacionarem com a Maçonaria. O bispo chegou a ser preso em 1875, por ordem do Visconde do Rio Branco, maçom e Presidente do Conselho de Ministros do Imperador Pedro II à época. Seus restos mortais se encontram sepultados na Basílica Menor de Nossa Senhora da Penha, no Recife, aos cuidados dos frades capuchinhos.