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CDV lança Cursos EAD

Para comemorar o seu centenário, o Centro Dom Vital vai lançar uma série de cursos à distância. O primeiro deles terá como tema “Trajetos do Pensamento Ocidental”, que começa no dia 01 de junho. O curso, ministrado pelo professor Pedro Paulo Rodrigues, tem como objetivo proporcionar uma ampla visão da história do pensamento ocidental, partindo da Grécia Socrática e chegando ao limiar do Século XXI, como chave para a compreensão do momento pós-moderno que vivemos. O conteúdo ficará disponível por um ano na sala de aula virtual do CDV na plataforma do Google Classroom. Os alunos também terão acesso a um fórum de dúvidas e material complementar. CLIQUE AQUI E FAÇA SUA INSCRIÇÃO Curso: Trajetos do Pensamento Ocidental A partir de 01 de junho Prof Pedro Paulo Rodrigues Valor: R$100

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Somos uma instituição cultural católica e precisamos muito da ajuda de todos vocês para continuarmos nosso trabalho. Toda contribuição é válida. Esperamos que possam nos auxiliar na missão que realizamos com tanta dedicação ao longo dos anos.

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Viva Guido Reni

 Não deixem de visitar o Museu Nacional de Belas Artes antes do dia 13 de março, dia em  que termina a exposição “San Sebastiano”. Dois jovens artistas bolonheses da Itália  barroca: Guercino e Guido Reni. Jovens porque suas obras parecem ter sido feitas no ano  de 2015, sem uma ruga no rosto, sem qualquer sinal desses quinhentos anos. Digamos  que houvesse apenas uma pintura no MNBA, em virtude de hipotética reforma, e que as  paredes estivessem brancas, despovoadas, e que a única imagem presente fosse apenas “O Martírio de São Sebastião”: mesmo assim a visita valeria, e muito! Eu mesmo não sei dizer quanto tempo fiquei ausente, emocionado. Meus olhos não quiseram, não puderam ver nenhum outro quadro. Como se fosse um pacto de silêncio radical e sem volta com a beleza do São Sebastião. Nada substitui esse encontro livre, direto, sem intermediações, mesmo que você o tenha visitado nos museus Capitolini de Roma. Agora é ele quem nos visita. E se encontra bem em nossa casa, profundamente barroca. Além de cumprirmos o papel de bons anfitriões, que é um dever sagrado, a visita vale, porque as imagens nos livros de arte, assim como nas redes, nem sempre dispõem de tratamento adequado e mínima fidelidade ao original. Cada vez que nos encontramos com uma obra conhecida é como apertar a mão de um amigo.[…] Leia mais no site da Academia Brasileira  Leia outros texto de Marco Lucchesi no Clipping do CDV

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Folia de Reis

Trata-se de uma festa patrocinada pela esperança, pelo diálogo solidário e por um desenho de futuro. Matérias que andam em falta em nossos dias. Dos três Magos, segundo reza uma tradição, Gaspar seria de origem indiana. E, para abordar a cultura da paz, penso em Nova Déli, cidade rica em matizes e culturas. Injusta e poluída em toda a parte, feroz e compassiva a cada esquina, ingênua e ardilosa: do hospital de passarinhos às ruas incrivelmente sujas, do raro perfume de incenso e especiaria à gama repulsiva de odores. Uma oferta quase infinita de templos atrai peregrinos de todos os quadrantes, os corpos seminus, pintados de branco, ou cobertos por trajes de cores vivas. Tudo em Déli impressiona e fascina, assusta e surpreende. Conheço de cor as prateleiras de literatura indiana da livraria Bahrisons e evoco alguns conceitos do místico sufi Nizamudin, para quem não existem barreiras entre as religiões, apenas um desejo do outro e um alto grau de compaixão. Na tumba de Nizamudin cantam os peregrinos, todas as quintas no fim da tarde, e traduzem as formas de uma radiante beleza. Lembro de alguém recitando um antigo poema de Bulleh Shah: “Não me incluo entre santos, pecadores, / E já não sou feliz nem infeliz. / E não pertenço à água nem à terra / E não pertenço ao fogo nem ao ar.”[…] Leia mais no site da Academia Brasileira  Leia outros texto de Marco Lucchesi no Clipping do CDV

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Eu Sou Beirute

Um dos lugares que mais me encantam no Rio de Janeiro é o pequeno Oriente Médio da rua da Alfândega, com seu perfume ecumênico das mais variadas especiarias, parte da cidade que visito, desde os meus oito anos. Diante de meus insistentes pedidos, meu pai me levava às lojas sírio-libanesas, onde senhores idosos e educados surgiam dentre montes de confeitos coloridos que me hipnotizavam por completo. Ia com um caderno para reunir palavras exóticas, entre tâmaras e nozes, e me intrigava a beleza dos rabiscos em árabe, a pronuncia misteriosa. Até hoje o árabe guarda um prestígio especial para mim, pois nele se misturam a cultura popular carioca, os doces coloridos e os antigos donos das lojas da Alfândega. Terminada a guerra civil, o Líbano tornou-se para mim uma extensão do Saara carioca. Eu passava as férias no coração de Beirute, entre a linha verde e a Universidade de São José. Era um país devastado, que saía cheio de feridas e incertezas de um cenário físico e moral, em mil fragmentos, embora permanecesse intacta a sua cultura plurissecular. Não esqueço quando tomei chá no terceiro piso de um prédio parcialmente em ruínas, que mal se equilibrava em sua estrutura, tal como o Líbano daquela quadra. A Síria dominava o país e seus soldados ocupavam-se da segurança nos checkpoints espalhados pela cidade. Vi a humilhação dos campos de refugiados palestinos, Sabra e Chatila, ferida de um povo que não para de sangrar. O Líbano foi para mim a escola que abriu caminho para tantos rumos, como a tão amada Síria e os meus estudos iniciais de hebraico.[…] Leia mais no site da Academia Brasileira  Leia outros texto de Marco Lucchesi no Clipping do CDV

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Terra sem mal

Parte significativa do Congresso Nacional vive uma onda de entropia e fundamentalismo. Tentou-se a redução da maioridade penal, a revogação do estatuto do desarmamento, onde se ouviram frases de hospício, como o aborto de “fetos com tendências criminosas”. Some-se a isso a iniciativa de pautas-bomba, ou mais propriamente pautas-kamikaze, contra o país, sufragadas por boa parte do PSDB, afetado de amnésia, ao perder a segunda e terceira consoantes da sigla, de braços dados com o DEM moribundo e o esquizofrênico PMDB, que age e se intitula como situação e oposição, ao mesmo tempo, segundo interesses imediatos, e sem qualquer constrangimento, como se não houvesse opinião púbica no país, a que se associam galhardamente os partidos teocráticos. A permanência do presidente da Câmara é um retrato eloquente do momento que vivemos. Mas o país real existe e conta com uma riqueza mil vezes maior que a camada do pré-sal, mais ampla que as reservas cambiais, orçadas em 317 milhões de dólares, maior, bem maior que todas as commodities reunidas, como a cultura da soja e a extração do minério de ferro. Refiro-me ao patrimônio imaterial das 274 línguas praticadas no Brasil, por quase um milhão de índios, distribuídos em 305 etnias, segundo o censo de 2010. Essa realidade fundamental permanece, no entanto, invisível, como se fosse uma nuvem-fantasma, uma incógnita sem função, uma teimosa presença do passado, que põe freio ao agronegócio e sua insaciável expansão da fronteira agrícola. […] Leia mais no site da Academia Brasileira  Leia outros texto de Marco Lucchesi no Clipping do CDV

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A Casa Comum

O futuro da pós- metrópole dependerá de um projeto global e solidário, centrado na consolidação da paz e da justiça social. E o modo pelo qual lidamos com os resíduos será, sob múltiplos aspectos, parte decisiva do processo. Lembro Zygmunt Bauman: “os lixeiros são os heróis anônimos da modernidade”, quando não, mártires, como os dalits, na Índia, obrigados ao inominável, como testemunhei com meus próprios olhos na duríssima periferia de Nova Déhli. A encíclica “Laudato Si”, do Papa Francisco, traz a desigualdade social para o centro do debate ecológico, e chama a atenção justamente para os vulneráveis, que são as “pessoas descartadas”, a descoberto dos direitos fundamentais. Esse doloroso círculo vicioso, e refiro- me à degradação do homem e da natureza, de modo inseparável, tornou- se dramaticamente claro com as chuvas de 2010, que causaram o deslizamento de terra no Morro do Bumba, em Niterói, erguido sobre um antigo lixão, quando se perderam 267 vidas. Não apenas o futuro da pós- metrópole dependerá de uma nova relação com o meio ambiente, mas o futuro da própria humanidade, como lembra o filósofo Emilio Eigenheer desde os anos de 1980, quando iniciou o primeiro projeto de coleta seletiva no Brasil. Quase um profeta urbano, ao tratar com ousadia todo um conjunto de questões que pareciam antes inabordáveis, antecipando a problemática dos resíduos. Sob uma visão holística, de tudo que os atravessa e constitui, como interessante representação, forma de ser e de estar no mundo. É o que fazemos ao lidar com o lixo, que se torna ambiguamente sagrado, ao mesmo tempo bendito e maldito, puro e impuro, parcela de Deus e do diabo, um rito de passagem que se renova a cada dia.[…] Leia mais no site da Academia Brasileira  Leia outros texto de Marco Lucchesi no Clipping do CDV

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Dante 750

Tenham cuidado certos líderes religiosos iracundos, sem falar da lavagem de dinheiro, porque viverão no pântano da própria raiva A obra de Dante permanece viva, com uma notável atualidade. O poeta florentino tornou-se, ao mesmo tempo, autor e personagem de uma obra que navega no imaginário de línguas e povos, como se fosse um fantasma vivo, no palácio da luminosa metáfora que é a “Divina comédia”. Seus cantos foram escritos no exílio, subindo e descendo escadas que não eram as de sua própria casa e comendo o pão salgado longe de sua amada Florença. Trata-se de uma grande poesia, como sabemos todos, não apenas teológica ou filosófica, mas igualmente política, vivida com ardor e esperança, ódio ostensivo e um tênue desejo de reconciliação. Se você desceu até o último canto do Inferno, continue a leitura pelas escarpas do Purgatório e mergulhe, de óculos escuros, na luz imaterial do Paraíso, que continua até hoje como um programa de vanguarda poética. Dante tomou para si a tarefa de julgar amigos e inimigos, legislando sobre o lugar no outro mundo e o tipo de pena ou fruição. Ele próprio temia ficar provisoriamente entre os soberbos do Purgatório.[…] Leia mais no site de O Globo Leia outros texto de Marco Lucchesi no Clipping do CDV

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Atividades do Centro Dom Vital

Novos cursos, palestras e lançamentos de livros serão promovidos pelo Centro Dom Vital. Abaixo está o folheto com as novidades, incluindo cursos de idiomas, de Patrística e Arte Sacra. Mais informações com a secretaria do CDV: secretaria@centrodomvital.com.br.

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logotipo branco do Centro Dom Vital

Associação de leigos católicos, dedicada, desde 1922, à difusão da fé e à evangelização da cultura no Brasil: revista A Ordem, palestras, cursos, etc.