Clipping

A vocação do Centro Dom Vital é dialogar com a sociedade. Aqui você fica sabendo do que acontece pelo mundo e o que pode servir de estímulo para a atuação do CDV. Os textos dos membros nos veículos de imprensa ou reportagens que se refiram a eles ou ao CDV vão ser reunidos nesse espaço.

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Lucchesi 03/02/2016 – O Globo – Viva Guido Reni: “Não deixem de visitar o Museu Nacional de Belas Artes  antes do dia 13 de março, dia em que termina a exposição “San Sebastiano”. Dois jovens artistas     bolonheses da Itália barroca: Guercino e Guido Reni. Jovens porque suas obras parecem ter sido feitas no ano de 2015, sem uma ruga no rosto, sem qualquer sinal desses quinhentos anos. Digamos que houvesse apenas uma pintura no MNBA, em virtude de hipotética reforma, e que as paredes estivessem brancas, despovoadas, e que a única imagem presente fosse apenas “O Martírio de São Sebastião”: mesmo assim a visita valeria, e muito!”


Lucchesi06/01/2016 – O Globo – Folia de Reis: “Trata-se de uma festa patrocinada pela esperança, pelo diálogo solidário e por um desenho de futuro. Matérias que andam em falta em nossos dias.”

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Lucchesi02/12/2015 – O Globo – Eu sou Beirute: “Um dos lugares que mais me encantam no Rio de Janeiro é o pequeno Oriente Médio da Rua da Alfândega, com seu perfume ecumênico das mais variadas especiarias, parte da cidade que visito, desde os meus 8 anos. Diante de meus insistentes pedidos, meu pai me levava às lojas sírio-libanesas, onde senhores idosos e educados surgiam dentre montes de confeitos coloridos que me hipnotizavam por completo.”


Lucchesi04/11/2015 – O Globo – Terra sem mal: “Parte significativa do Congresso Nacional vive uma onda de entropia e fundamentalismo. Tentou-se a redução da maioridade penal, a revogação do estatuto do desarmamento, onde se ouviram frases de hospício, como o aborto de “fetos com tendências criminosas.”


Lucchesi07/10/2015 – O Globo – A Casa Comum: “O futuro da pós- metrópole dependerá de um projeto global e solidário, centrado na consolidação da paz e da justiça social. E o modo pelo qual lidamos com os resíduos será, sob múltiplos aspectos, parte decisiva do processo. Lembro Zygmunt Bauman: “os lixeiros são os heróis anônimos da modernidade”, quando não, mártires, como os dalits, na Índia, obrigados ao inominável, como testemunhei com meus próprios olhos na duríssima periferia de Nova Déhli.”


Lucchesi02/09/2015 – O Globo – Dante 750: “Tenham cuidado certos líderes religiosos iracundos, sem falar da lavagem de dinheiro, porque viverão no pântano da própria raiva”. A obra de Dante permanece viva, com uma notável atualidade. O poeta florentino tornou-se, ao mesmo tempo, autor e personagem de uma obra que navega no imaginário de línguas e povos, como se fosse um fantasma vivo, no palácio da luminosa metáfora que é a “Divina comédia”.


Lucchesi05/08/2015 – O Globo – Nise da Silveira: “Nise da Silveira foi um dos maiores nomes da ciência no Brasil. Não só porque mudou a face obscura da psiquiatria, e com raro destemor, mas também porque jamais se deixou contaminar pelo vírus positivista que assola parte de nossa universidade. E como a doutora Nise ficou imune? Primeiro pela grande cultura e sensibilidade de sua formação, sem nunca perder o horizonte ético e humanista, que é o que falta a não poucos neurocientistas deslumbrados, ou aos sempre presentes behavioristas, inclusive com novos rótulos”.


Lucchesi01/07/2015 – O Globo – Gulliver no Brasil: “Vivemos um tempo de refluxo, um deserto de utopias, cenário em que perdemos a capacidade de sonhar ou de propor uma forte revisão da Agenda Brasil, resultado de amplas zonas de consenso. A depender de certos debates, o Brasil encolheu a olhos vistos, movido por uma intolerância política e um sectarismo religioso que fizeram o país perder altitude. E quanto mais apostarmos no ruído, ou no insulto, quanto mais diminuirmos a qualidade ética dos debates e quanto mais nos afastarmos de parâmetros decididamente republicanos, não cessará a crise política, onde se multiplicam interesses de segunda ordem que não enfrentam com lealdade os desafios da hora presente”.


Lucchesi06/06/2015 – O Globo – O Califado Digital: “EI conquista cidades e assume tarefas tipicamente urbanas. Erram os que definem o Estado Islâmico (EI) como se fosse um movimento de pura barbárie e violência, força retrógrada, sem inteligência e apenas autodestrutiva. Não deixa de ser um pouco disso tudo, é bem verdade, embora seja algo mais denso, articulado e perigoso”.


Lucchesi06/05/2015 – O Globo – Cultura do Ódio: “Ninguém se iluda com a redução para os 16 anos. Em nome de um país, que deveria ser mãe e não madrasta de seus próprios filhos, em nome de uma república moderna, que não rouba o futuro de meninos e meninas, sem escola e sem família, em nome dos avanços do Estatuto da Criança e do Adolescente, não podemos incorrer no erro de aprovar a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, de acordo com a fatídica PEC 171/93”.


Lucchesi01/04/2015 – O Globo – A FEB e os canibais: “Memória da Segunda Guerra não pode terminar. Há quase 70 anos terminava o flagelo da Segunda Guerra, com um número impensável de crimes contra a humanidade. Basta recorrer aos livros de Primo Levi ou de Imre Kertész para alcançar o horror dos campos de extermínio”.


Lucchesi04/03/2015 – O Globo – A cidade curinga: “O Rio vive, uma vez mais, um novo redesenho. São Sebastião do Rio de Janeiro é uma das cidades mais inquietas e inabordáveis do mundo. Basta nomeá-la para que prontamente se dissolva e fuja por entre os dedos. Não é como tantas cidades, que vestem folgadamente o corpo de sua inteira jurisdição. A geografia carioca desconhece limites. Não há tecido capaz de cobrir sua nudez. Trata-se menos de uma cidade do que um manancial de metáforas, uma coincidência de opostos. O Rio é uma enorme federação de desejos, atraída pelo futuro, e a ele devotada, sem nenhum sinal de resistência”.


 Robson23/02/2015 – Gazeta do Povo – Duas solidões contemporâneas: “Há muitos modos de se estar só: apesar da onipresença tecnológica, que invade os leitos e os templos, as salas de cinema e as casas de saúde, o homem sente-se cada vez mais só. Não é difícil encontrar solitários nas grandes metrópoles. O século 21 é capaz de produzir uma nova contradição humana, que é parir, na época da conectividade absoluta, o homem desconectado de tudo. Mas essa solidão é voluntária. Há uma outra mais cruel e nociva”.


Lucchesi04/02/2015 – O Globo – Os seios de Minerva: “Aprovação do Marco Civil da Internet é o primeiro passo de uma agenda positiva. Por que tanta demora no debate sobre a democracia digital? Precisamos avançar com o Marco Civil da Internet, aprofundá-lo num quadro mais preciso, completando certas lacunas e dispositivos. A democracia digital (e-democracy) não se resume a mero instrumento ou linha auxiliar do processo político. Trata-se de uma compreensão abrangente da democracia, um redesenho vital, com partidos qualificados, ao mesmo tempo em que promove coletivos formados por minorias ativas, que se fazem ouvir dentro de uma (antes impensável) vasta capilaridade. A democracia digital dilui o precipício entre democracia direta e representativa, centro e periferia, asfalto e comunidade”.


Frederico04/02/2015 – Gazeta do Povo – A liberdade cega dos pichadores: “Não é proibido proibir. No entanto, há proibições que são suavizadas em vista de um objetivo alheio ao bem comum. É o caso de um crime inventado no Brasil: a pichação. Para alguns, um fenômeno distinto das expressões gráficas que acontecem mundo afora, chamadas de grafite”.


CDV27/01/2015 – Estadão – Livro reúne cartas de Carlos Drummond de Andrade e Alceu Amoroso Lima: “Organizada por Leandro Garcia Rodrigues, obra traz interessante debate sobre a religiosidade na época do modernismo”.


 Robson14/01/2015 – Gazeta do Povo – Anemia de Absoluto: “O início do século 21 descortina um problema maiúsculo, cuja caracterização desafia a capacidade analítica dos pensadores hodiernos. A despeito do que prometeu o Círculo de Viena (1929), o triunfo da ciência não trouxe os benefícios sociais e humanos prometidos. Pelo contrário, temas que deveriam estar há muito superados teimam em retornar numa sociedade que expurgou da vida pública as questões de fundamento. É o caso do fanatismo político-religioso, que mostrou mais uma vez seu rosto na semana passada, em Paris”.


Lucchesi07/01/2015 – O Globo – Olodum e Lalibela: “Etiópia é uma das últimas reservas poéticas do Ocidente. A queima de fogos deu ao Rio de Janeiro uma espécie de passaporte global para integrar o prestigioso número das grandes capitais da Terra por onde ingressa o Novo Ano, acompanhado pela escolta das grandes multidões, pela fanfarra em altos decibéis e pela sempre mais complexa, quase barroca, e cada vez mais longa pirotecnia”.


Lucchesi03/12/2014 – O Globo – Guerras de Religião?: “O estrangeiro bate à nossa porta. Não há outro caminho senão o diálogo. Com o fim da Era dos Extremos e das Torres Gêmeas, postas de pé, eis-nos diante de um novo pluralismo. O mapa-múndi das religiões assiste a uma espécie de mutação transgênica. Los Angeles é uma das maiores cidade budistas. O catolicismo cresce de modo vertiginoso na Ásia. A Inglaterra deve igualar em breve o número de muçulmanos e anglicanos, ao passo que o hinduísmo e o judaísmo realizam um conjunto de aproximação e trocas simbólicas”.


 Robson28/11/2014 – Gazeta do Povo – Empoderamento do cidadão: “Não se relativizam exigências éticas pessoais utilizando como argumento a maldade alheia e social. Afinal, ninguém desespera de cuidar da própria saúde por causa da negligência que alguém possa ter com a sua. O mesmo ocorre em outras áreas da vida humana. O descuido alheio nunca justifica a falta de zelo próprio. Se o vizinho não cuida da segurança da própria família, não ignorarei as exigências da segurança da minha família; se o vizinho não cuida da formação humana de seus membros, não serei eu a envergonhar-me por cuidar com escrúpulo da minha própria formação. Logo, se os governantes não são éticos, igualmente não deveria me abater na luta pelas virtudes, tão necessárias ao meu próprio bem”.


Frederico 18/11/2014 – R7 – 3ª edição do Prêmio Patrícia Acioli destaca ações de direitos humanos: “A terceira edição do Prêmio Patrícia Acioli de Direitos Humanos foi realizada no Theatro Municipal, na Cinelândia, no Centro, na noite desta segunda-feira (17). Os autores de trabalhos acadêmicos e realizadores de práticas humanísticas receberam prêmios em dinheiro. Já os alunos com melhores redações receberam tablets”.


Lucchesi05/11/2014 – O Globo – O livro do Brasil: “É preciso abaixar o volume,   com os decibéis que exaltam e demonizam governo e oposição, como duas ‘tribos’ e ‘línguas’ que não podem negociar. Com o fim das eleições, a presidente Dilma acena para a esfera da união e do diálogo, disposta a ouvir a sociedade civil e a superar o déficit do primeiro mandato, de uma presidente técnica, quase sem tempo para ouvir as partes contrárias e negociar. É um grande sinal da presidente, que tira importantes lições das urnas. Espera-se da oposição a mesma atitude, equilibrada, sem vitimização, livre da má leitura de que a vitória de Dilma na verdade é uma derrota sem precedentes, ao passo que a derrota de Aécio é, na verdade, uma vitória estrondosa”.


CDV09/10/2014 – Brazil com Z – Um poeta brasileiro em Madri: “O escritor, poeta, tradutor, e acadêmico Marco Lucchesi esteve em Madri nos dias 6,7 e 8 de outubro para participar do programa “Poeta em Residência”, na Residencia de Estudiantes de Madrid, evento organizado conjuntamente com a Embaixada do Brasil e a Fundação Hispano-Brasileira. O primeiro dia do encontro se iniciou com uma palestra de Lucchesi sobre sua trajetória; prosseguiu com uma oficina de poesia e finalizou com a leitura de poemas do autor.”.


Lucchesi01/10/2014 – O Globo – Nova Política?: “É preciso realmente abrir as janelas da democracia. A democracia de nosso tempo se debate com as velhas formas, de baixa intensidade, como se estivesse presa num labirinto que não para de crescer, voltada para si mesma, como realidade única. Trata-se de um monstro voraz, tentacular, labirinto sem fio de Ariadne, que impede a irrupção do novo porque não admite saídas de emergência”.


Hugo Langone13/09/2014 – O Globo (Prosa & Verso) – Teologia da Literatura: “A recém-lançada compilação de ensaios do professor Waldecy Tenório tem pressupostos articulados, desde o início, com enorme clareza: a literatura, que dá testemunho do fundamento teológico das inquietações humanas, traz em seu horizonte o absoluto; como a teologia, companheira sua, faz parte de uma ordem do saber que se esquiva do otimismo tecnológico de nossos dias, agregando a si as grandes questões que constituem “o ultimate concern da existência humana” “.


Lucchesi03/09/2014 – O Globo – Além das grades: “Numa chuvosa manhã de agosto, visitei o Colégio Estadual Angenor de Oliveira Cartola. Situado no presídio Esmeraldino Bandeira, pode-se dizer que foi erguido pelas mãos de seus alunos, como num motivo libertário, a partir do tijolo ecológico fabricado na prisão. Quase um destino! Vejo os professores Ralf e Evaldo, o primeiro há poucos meses na escola, e o segundo, com mais de 20 anos. Tomamos café na sala dos professores. E logo me dou conta de que ambos não perderam a esperança. Ralf é professor de Arte. Leva seus alunos (não detentos, atenção!) a muitas viagens no universo da cor. Mostra-me um trabalho de origami, de oriental delicadeza, feito em sala. O professor Evaldo ensina como a História se entrelaça com a biografia de seus alunos, enquanto sua colega Miriam diz ter encontrado no Angenor de Oliveira a estratégia para evitar que meninos de uma certa escola da periferia façam escolhas perigosas. Professores com grande energia, conscientes do papel que exercem intramuros”.


Robson13/08/2014 – Gazeta do Povo – Crise de Humanismo:”O tempo passou, o mundo mudou significativamente, mas a intuição de Husserl não foi contraditada. Ainda que os enormes avanços científicos revelem ao homem um mundo escondido sob milímetros quadrados, ainda que a tecnologia nos ensine cada vez mais sobre cada vez menos, o problema que é o homem continua por se resolver. Perguntas sobre a felicidade humana, sobre sua realização como indivíduo, sobre sua natureza e finalidade, essas questões maximamente humanas ainda aguardam respostas satisfatórias. E a fome continua a esmurrar às portas do século 21: fome de comida, de fato, mas também fome de verdade, fome de justiça, fome de beleza, fome de amor”.


Lucchesi06/08/2014 – O Globo – A cólera e a luz: “Meu caro Paolo dall’Oglio, escrevo-lhe esta carta aberta porque não sei de seu destino, após um ano de sequestro nas mãos do Estado Islâmico da Síria e do Levante, que hoje se proclama como um califado de sangue e horror. As notícias são confusas: ora você aparece vivo, ora morto, ora fuzilado em Raqa, ora supliciado nos porões do regime de Assad, em Damasco”.


Frederico 21/07/2014 – Site da Arquidiocese do Rio de Janeiro – O Cristo Redentor do Corcovado: o falso conflito entre liberdade de expressão e direito de imagem: “A confusão entre estes dois níveis do direito, em nome da liberdade de expressão ou de criação, gera uma polêmica desnecessária. O direito fundamental é garantido pela Constituição e defende o respeito aos símbolos, ao culto de toda e qualquer religião, e este é o direito essencial; há, por outro lado, o direito específico, acidental, sobre a imagem do Cristo Redentor, e, em razão deste último, a arquidiocese foi prévia e legitimamente consultada pelos produtores do filme. Portanto, mesmo que a arquidiocese não detivesse direitos sobre a imagem do Cristo, o direito constitucional continuaria valendo. Indicar o acidental pelo essencial é sofisma crasso e, por conseguinte, não colabora para o esclarecimento da questão”.


CDV02/07/2014 – O Globo – (Elio Gaspari) – O caso dos noves chineses: ” ‘O caso dos nove chineses’ conta uma história de acovardamento da qual emerge, altaneiro, o advogado Sobral Pinto, que aceitou a defesa dos presos. A Sobral juntaram-se intelectuais como Augusto Frederico Schmidt e jornalistas como Antonio Callado e Carlos Heitor Cony”.


Lucchesi02/07/2014 – O Globo – O Médico e o Monstro: “A democracia tem o mérito de ser inacabada. Atenta ao princípio de inclusão e às vozes múltiplas que desenham seu rosto, ela possui alto grau de permeabilidade e abertura. Ela promove o aperfeiçoamento das instituições, num equilíbrio de força e tensão gerado pelo consenso. A democracia não é um círculo estático, mas uma dinâmica mista e complexa: direta e representativa, individual e coletivista, em que o Estado e os partidos realizam a mediação do poder político, na forma da lei, sob o controle do Judiciário e das modalidades de consulta popular”.


Robson 26/06/2014 – Gazeta do Povo – Machado for Dummies: “O que pensaríamos de um maestro que, para simplificar a públicos menos refinados uma peça de Chopin, resolvesse trocar deliberadamente um ou outro andamento, uma ou outra nota de execução mais difícil? Certamente concluiríamos que o resultado seria outra coisa que não mais a obra de Chopin. Ainda seria música, decerto, mas configuraria uma grande falsificação, pois ofereceria como clássico ao público um genérico pop de fácil deglutição”.


Frederico 22/06/2014 – Blog O Camponês – Entrevista com o Prof. Carlos Frederico Calvet da Silveira: “Caracterizei o nosso tempo a partir das reflexões de filósofos contemporâneos que, embora antagônicos, concordam na característica mais marcante de nossa época: a busca de diálogo. Trata-se dos filósofos Jürgen Habermas e Charles Taylor. Creio que Santo Tomás está apto a promover o diálogo que estes autores defendem. E melhor do que eles. A base imediata em que se pauta a discussão contemporânea e a posição de Taylor pode ser definida a partir do conceito de autenticidade exposto, sobretudo, na obra Ética da Autenticidade”.


Robson 20/06/2014 – Jornal do Brasil – A bola e a urna: “No país do futebol arte, frequentemente a bola é utilizada como circo para uma parte da população; enquanto a urna, não raro, nega o pão à outra parcela não pequena de cidadãos. Em breve saberemos se tudo o que se disse da bola, especificamente no que diz respeito ao descaso, ao desrespeito, à fidelidade ao povo, pode ser aplicado também à urna”.


Lucchesi04/06/2014 – O Globo – Favela é Cidade: “Acompanho a discussão com meteorologia variável, entre sol e tempo fechado, comovido, surpreso com os diversos atores sociais e, quando não indignado, convencido de que a democracia profunda não conhece geografia mais radicalmente necessária que a favela como cidade, integrando sem favor algum a nação”.


Luiz Paulo Horta30/07/2013 – O Globo – É no presente que se joga a eternidade:”Uma das consequências da visita do Papa Francisco ao Rio de Janeiro foi trazer à memória o simples fato de que o Brasil é o maior país católico do mundo. Parte do entusiasmo, do quase delírio que cercou essa visita vinha de uma cultura embebida em raízes cristãs”.


Luiz Paulo Horta29/07/2013 – O Globo – Adeus à Jornada:”O que pode ser mais bonito: o Papa acossado pelas mães que lhe levavam crianças para serem beijadas, ou os bandos de jovens, com suas bandeiras, caminhando pelas praias do Rio com um excesso de alegria transbordando pelo rosto? Ou a imagem final de Copacabana, coberta de gente, num dia em que o Rio mostrava toda a sua cenografia deslumbrante? Eram retratos de um possível paraíso terrestre que, para mim, deixaram na sombra os transtornos materiais”.


Luiz Paulo Horta28/07/2013 – O Globo – O Estado Laico: “Quando acontecem, no Brasil, fenômenos religiosos da proporção do que vemos agora, e isso exige algum tipo de participação dos poderes públicos, sempre aparece alguém para lembrar que o estado é laico, e que essa participação é espúria. Me parece uma interpretação muito rigorista”.


Luiz Paulo Horta27/07/2013 – O Globo – Pensamentos Franciscanos: “Em termos de pensamento religioso, o papa Bergoglio poderia ser considerado (se é que essas classificações têm algum valor) um “conservador flexível”, um defensor do que já se chamou de “ortodoxia positiva”: fidelidade à doutrina da Igreja temperada por uma avassaladora humanidade”.


Luiz Paulo Horta26/07/2013 – O Globo – Um anti-Ratzinger?: “O que fazer com as meninas simpáticas que vêm me dizer: “Estou apaixonada pelo Papa”? Só posso responder que elas têm razão, que este senhor argentino, largo de corpo, levemente barrigudo, é digno de todo o nosso amor, porque é tão evidente que ele é bom, é honesto, é um pai espiritual… O “efeito Bergoglio” vai muito além das mocinhas simpáticas. É todo um povo que se comove com o sucessor de Bento XVI, que olha para ele com esperança, numa época em que as lideranças decepcionam”.


Luiz Paulo Horta25/07/2013 – O Globo – Uma visita a Aparecida: “Houve quem achasse que o Papa Francisco foi pouco incisivo naquele primeiro discurso do Palácio Guanabara (ou seria no “bunker” do Guanabara?). Não penso assim. Ele se comportou como pessoa educada, que bate à porta e pede licença para entrar. E, sendo argentino, não ia mesmo deitar falação sobre política brasileira”.


Luiz Paulo Horta24/07/2013 – O Globo – O que é ser Papa?: “A Jornada Mundial da Juventude espalha pela cidade uma eletricidade que é tudo de bom e de belo. Que experiência, ver a garotada pelas ruas do Rio com suas bandeiras e mochilas (algumas enormes), disposta a andar, a cantar, a confraternizar! Se o mundo fosse sempre assim…”.


Luiz Paulo Horta23/07/2013 – O Globo – A hora do encontro: “Este domingo, fui à missa na igreja dos jesuítas, rua São Clemente, Botafogo. Igreja lotada, inclusive porque o Colégio Santo Inácio está abrigando mais de mil peregrinos. Nunca vi os cânticos e algumas orações enunciados com tanta convicção. Era emocionante ver aqueles rostos de todos os lados do mundo concentrados num só pensamento”.


Luiz Paulo Horta21/07/2013 – O Globo – À procura de um cânone: “Começa hoje a parte principal da Jornada Mundial da Juventude, com a presença do papa Francisco. O Brasil não é mais um país tão católico quanto já foi. Nem se exclui a possibilidade de uma ou outra passeata mal-humorada. Mas há poucas dúvidas de que o líder máximo do catolicismo vai se ver, nos próximos dias, envolto numa onda de afetividade bem brasileira”.


Luiz Paulo Horta20/07/2013 – O Globo – O Papa Peregrino: “Pode até haver protestos — o que é que não é possível no Brasil de hoje? —, mas a perspectiva é de que a Jornada Mundial da Juventude seja um belo evento, capaz de consolar um pouco a alma nacional dos tempos difíceis que estamos vivendo. Crenças religiosas à parte, estaremos recebendo uma personalidade cuja exposição à mídia, até agora, só tem produzido elogios. Em termos de lideranças, hoje, quem poderia ser colocado ao lado desse argentino de 76 anos que, desde março, é o 266º papa da Igreja católica? O único nome que me ocorre é o de Nelson Mandela, que, como sabemos, está quase entrando para um Panteão supraterreno”.

 

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Associação de leigos católicos, dedicada, desde 1922, à difusão da fé e à evangelização da cultura no Brasil: revista A Ordem, palestras, cursos, etc.