Publicações

Dante 750

Tenham cuidado certos líderes religiosos iracundos, sem falar da lavagem de dinheiro, porque viverão no pântano da própria raiva A obra de Dante permanece viva, com uma notável atualidade. O poeta florentino tornou-se, ao mesmo tempo, autor e personagem de uma obra que navega no imaginário de línguas e povos, como se fosse um fantasma vivo, no palácio da luminosa metáfora que é a “Divina comédia”. Seus cantos foram escritos no exílio, subindo e descendo escadas que não eram as de sua própria casa e comendo o pão salgado longe de sua amada Florença. Trata-se de uma grande poesia, como sabemos todos, não apenas teológica ou filosófica, mas igualmente política, vivida com ardor e esperança, ódio ostensivo e um tênue desejo de reconciliação. Se você desceu até o último canto do Inferno, continue a leitura pelas escarpas do Purgatório e mergulhe, de óculos escuros, na luz imaterial do Paraíso, que continua até hoje como um programa de vanguarda poética. Dante tomou para si a tarefa de julgar amigos e inimigos, legislando sobre o lugar no outro mundo e o tipo de pena ou fruição. Ele próprio temia ficar provisoriamente entre os soberbos do Purgatório.[…] Leia mais no site de O Globo Leia outros texto de Marco Lucchesi no Clipping do CDV

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Atividades do Centro Dom Vital

Novos cursos, palestras e lançamentos de livros serão promovidos pelo Centro Dom Vital. Abaixo está o folheto com as novidades, incluindo cursos de idiomas, de Patrística e Arte Sacra. Mais informações com a secretaria do CDV: secretaria@centrodomvital.com.br.

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Nise da Silveira

Foi das pessoas mais corajosas que conheci Nise da Silveira foi um dos maiores nomes da ciência no Brasil. Não só porque mudou a face obscura da psiquiatria, e com raro destemor, mas também porque jamais se deixou contaminar pelo vírus positivista que assola parte de nossa universidade. E como a doutora Nise ficou imune? Primeiro pela grande cultura e sensibilidade de sua formação, sem nunca perder o horizonte ético e humanista, que é o que falta a não poucos neurocientistas deslumbrados, ou aos sempre presentes behavioristas, inclusive com novos rótulos. Nise foi mais longe, guiada por um instinto de alteridade como poucos, olhos de lince e majestosa intuição. Conhecia em profundidade Jung, Freud e Lacan. Mas não formava pelotão, nem se dobrava a dialetos estéreis e autocentrados. Foi das pessoas mais corajosas que conheci. Disse-me certa vez que Jung e Freud sabiam bem pouco do inconsciente, o que até hoje não deixa de me encantar pelo espírito raro de abertura[…]. Leia mais no site de O Globo Leia outros texto de Marco Lucchesi no Clipping do CDV

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Gulliver no Brasil

Precisamos vencer o déficit de diálogo Vivemos um tempo de refluxo, um deserto de utopias, cenário em que perdemos a capacidade de sonhar ou de propor uma forte revisão da Agenda Brasil, resultado de amplas zonas de consenso. A depender de certos debates, o Brasil encolheu a olhos vistos, movido por uma intolerância política e um sectarismo religioso que fizeram o país perder altitude. E quanto mais apostarmos no ruído, ou no insulto, quanto mais diminuirmos a qualidade ética dos debates e quanto mais nos afastarmos de parâmetros decididamente republicanos, não cessará a crise política, onde se multiplicam interesses de segunda ordem que não enfrentam com lealdade os desafios da hora presente. Precisamos vencer o déficit de diálogo, rompendo essas bolhas em que nos confinamos, e dentro das quais perdemos nosso tamanho, buscando o antídoto de atitudes cívicas capazes de recuperarem protocolos razoáveis de respeito mútuo, condenando em alto e bom som as práticas de um crescente neofascismo[…]. Leia mais no site de O Globo Leia outros texto de Marco Lucchesi no Clipping do CDV

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Califado digital

Ninguém se iluda com a redução para os 16 anos Em nome de um país, que deveria ser mãe e não madrasta de seus próprios filhos, em nome de uma república moderna, que não rouba o futuro de meninos e meninas, sem escola e sem família, em nome dos avanços do Estatuto da Criança e do Adolescente, não podemos incorrer no erro de aprovar a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, de acordo com a fatídica PEC 171/93. Seria um retrocesso odioso, um acinte aos direitos da cidadania, uma completa falência moral da sociedade brasileira, através de medida populista, de sotaque radical e sectário, cujo ônus recairia, uma vez mais, sobre as camadas desassistidas da população, que pagam, com juros altos, as prestações de uma cidadania incompleta, onde o Estado não chega, não sabe, não busca, ou não quer chegar. Ninguém se iluda com a redução para os 16 anos: a médio prazo faria aumentar, em absurda progressão, o nível de violência, ao matricularem-se os menores nos presídios, quando não passaram sequer pela escola de qualidade, em tempo integral, com frequência obrigatória, seguida, na prática, por uma rede social articulada. Visitem os presídios do país e façam ideia do que significaria a PEC 171. Defendê-la é tornar-se cúmplice do crime de lesa-futuro, que as próximas gerações deverão condenar de forma indignada e resoluta […] Leia mais no site de O Globo Leia outros texto de Marco Lucchesi no Clipping do CDV

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Cultura do ódio

Ninguém se iluda com a redução para os 16 anos Em nome de um país, que deveria ser mãe e não madrasta de seus próprios filhos, em nome de uma república moderna, que não rouba o futuro de meninos e meninas, sem escola e sem família, em nome dos avanços do Estatuto da Criança e do Adolescente, não podemos incorrer no erro de aprovar a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, de acordo com a fatídica PEC 171/93. Seria um retrocesso odioso, um acinte aos direitos da cidadania, uma completa falência moral da sociedade brasileira, através de medida populista, de sotaque radical e sectário, cujo ônus recairia, uma vez mais, sobre as camadas desassistidas da população, que pagam, com juros altos, as prestações de uma cidadania incompleta, onde o Estado não chega, não sabe, não busca, ou não quer chegar. Ninguém se iluda com a redução para os 16 anos: a médio prazo faria aumentar, em absurda progressão, o nível de violência, ao matricularem-se os menores nos presídios, quando não passaram sequer pela escola de qualidade, em tempo integral, com frequência obrigatória, seguida, na prática, por uma rede social articulada. Visitem os presídios do país e façam ideia do que significaria a PEC 171. Defendê-la é tornar-se cúmplice do crime de lesa-futuro, que as próximas gerações deverão condenar de forma indignada e resoluta […] Leia mais no site de O Globo Leia outros texto de Marco Lucchesi no Clipping do CDV

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A FEB e os canabais

Memória da Segunda Guerra não pode terminar Há quase 70 anos terminava o flagelo da Segunda Guerra, com um número impensável de crimes contra a humanidade. Basta recorrer aos livros de Primo Levi ou de Imre Kertész para alcançar o horror dos campos de extermínio. Ouvi desde pequeno a história da guerra contada por meus pais. Nasceram ambos em Massarosa, pequena cidade da Toscana, situada entre Pisa e Lucca. Como explicá-la, sem citar as termas de Nero, sem lembrar as belas colinas, salpicadas de igrejas românicas, ou sem mencionar o lago de Massaciuccoli, de que Puccini era íntimo? Foi a primeira cidade libertada pela FEB, na tarde do dia 16 de setembro de 1944. As narrativas de meu pai eram em preto e branco, mais sentidas, talvez, mais espinhosas, no fim de sua adolescência, ao passo que as histórias de minha mãe, menina ainda, eram coloridas, cheias de inconfundível graça infantil, para recusar, decerto, os absurdos que então feriam seus olhos. Uma diferença de oito anos separava os narradores, a matéria e a espessura das coisas que viveram […] Leia mais no site de O Globo Leia outros texto de Marco Lucchesi no Clipping do CDV

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logotipo branco do Centro Dom Vital

Associação de leigos católicos, dedicada, desde 1922, à difusão da fé e à evangelização da cultura no Brasil: revista A Ordem, palestras, cursos, etc.