Publicações

Anemia de absoluto

O início do século 21 descortina um problema maiúsculo, cuja caracterização desafia a capacidade analítica dos pensadores hodiernos. A despeito do que prometeu o Círculo de Viena (1929), o triunfo da ciência não trouxe os benefícios sociais e humanos prometidos. Pelo contrário, temas que deveriam estar há muito superados teimam em retornar numa sociedade que expurgou da vida pública as questões de fundamento. É o caso do fanatismo político-religioso, que mostrou mais uma vez seu rosto na semana passada, em Paris. Por que jovens de classe média, muitas vezes bastante bem-educados, cuja vida não padece de qualquer tipo de carência material, aderem a seitas fundamentalistas? Por que matam e ameaçam de morte outras pessoas por motivos francamente injustos e violentos? O assunto é um verdadeiro atoleiro, com não poucas armadilhas, mas necessita ser enfrentado com coragem. E uma pista de desembaraço parece ser dada pelo professor Kurt Gauger. Em seu livro Cidade-Demônio, de 1957, o psiquiatra alemão apresentou uma perturbadora carta de um jovem detento a seus pais. Descartados os adâmicos exageros do rapaz, que culpa outros pelas próprias escolhas, a carta traz alguma luz acerca do desafio do fanatismo também em nossos dias. Grosso modo, a carta acusa os pais do condenado e sua geração de não acreditar vigorosamente nos valores que professavam. Segundo a denúncia do jovem, bastava que crianças resistissem brevemente às determinações educativas de seus pais e mestres e o “não” transformava-se em “sim”, ou um “sim” sem convicção do diretor da escola tornava-se um “não”. E esse delinquente, de dentro de uma penitenciária, faz um diagnóstico que bem pode iluminar o problema do extremismo: os jovens são fortes no mal porque os seus pais e educadores são fracos no bem. Os jovens buscam nas seitas o que não encontram em seus lares: vidas coerentes, valores de carne e osso. […] Leia mais no site de Gazeta do Povo Leia outros texto de Robson Oliveira no Clipping do CDV

Ler mais »

Olodum e Lalibela

Etiópia é uma das últimas reservas poéticas do Ocidente A queima de fogos deu ao Rio de Janeiro uma espécie de passaporte global para integrar o prestigioso número das grandes capitais da Terra por onde ingressa o Novo Ano, acompanhado pela escolta das grandes multidões, pela fanfarra em altos decibéis e pela sempre mais complexa, quase barroca, e cada vez mais longa pirotecnia. Pagou-se, contudo, um preço elevado: o quase eclipse das religiões africanas, que coloriam nossas praias, no dia 31 de dezembro, com uma carga poética inesquecível, para quem as alcançou. Todo um arquipélago de velas brilhantes, que pontilhavam a areia de luz e sombra, com os perfumados barcos de Iemanjá, boa parte dos quais azulada, e os tambores cadenciados, ao mesmo tempo suaves e vigorosos, que se confundiam com as batidas do coração. Mas outra praia resiste e cresce. A um mês do carnaval, vejo com alegria que o grupo Olodum prestará homenagem à Etiópia, dentro de seu projeto de trabalhar com as vozes da África, que constituem a espessa camada negra e polifônica de nossa História. “Lalibela Olodum” é o título da música, delicioso de pronunciar, como um mantra, apoiado na letra “l” e na fartura de vogais. […] Leia mais no site de O Globo Leia outros texto de Marco Lucchesi no Clipping do CDV

Ler mais »

Lucchesi, o mendigo

Dia 20/12, o colunista de O Globo, José Castello, publicou uma crítica ao livro Clio, do membro do CDV, o imortal Marco Lucchesi. Divulgamos o texto abaixo. Por José Castello – O Globo Um poeta deve se contentar com migalhas. Com fragmentos quase invisíveis que, trabalhados com amor e paciência, se transformam em um poema. “Não tenho/ novas/ del-rei/ apenas indícios”, constata Marco Lucchesi em um dos poemas de “Clio” (Biblioteca Azul). Fracos sinais, mínimos traços, imagens que, justapostas, compõem sua escrita. Restos. A leitura de “Clio” me enche de espanto e inspiração. Será o mais belo livro que Lucchesi já escreveu? Provavelmente, sim. São poemas que não nos deixam quietos, que nos comovem e excitam. A poltrona balança, como que agitada pela ventania dos grandes mares. Poemas servem mesmo para isso: para nos revolver o espírito. É tudo muito frágil e, por isso mesmo, transformador. “Trago nos olhos/ o clarão/ de um mundo inacabado”, escreve Lucchesi em outro momento. Não é simples manejar o incompleto. As palavras pedem sentido. Pedem coerência _ mas ela lhe escapa. O poeta é um perseguidor, fadado, porém, ao fracasso. Escreve Lucchesi, em um momento de alta inspiração: “E/ quando começo/ a buscar/ mais longe/ me vejo”. Não é só que a busca não funcione: em vez de aproximar, ela afasta. E assim, como um mendigo, o poeta persegue as palavras, implorando por aquilo que elas nunca irão lhe dar. Poemas curtos, ríspidos, cheios de cortes e de atalhos. Poemas em que a língua só se contenta com o osso. Nenhuma retórica, nenhum desperdício. Lucchesi nos diz o que tem a dizer e fica nisso. Sobra o que, em outro poema, define como “uma dor impronunciável”. O que pode ser uma definição precisa, embora atroz, da existência. Sim, o poeta tem seus instrumentos _ tem a língua que maneja com perícia. Tem suas estratégias. Mesmo assim, não pode contar muito com eles. “O capitão-mor/ (…)/ sabe como são falhos/ e precários/ agulhas portulanos esmeraldos”. Portulanos _ cartas marítimas. Palavras antigas, vindas da época do descobrimento; palavras gastas pelo tempo e que, no entanto, conservam sua potência. Os instrumentos do poeta são insuficientes. Com eles, contudo, continua a escrever. Não chegam às fronteiras do império da verdade; mas as acariciam, e esse afago é outro nome para o humano. O poeta sabe que está regido por uma lei, que ele mesmo define assim: “Tudo/ se/ perde/ só/ não se/ perde/ essa/ vontade de perder”. Vontade inútil, que conduz ao desencontro e, mesmo, à derrota. Ainda assim, ela faz o poeta avançar. Estranha escrita que, desde as primeiras palavras, sabe que seu objeto lhe escapará. Por fim, ela mesma ocupará os dois papéis: sujeito e objeto. Deve se bastar. Nem por isso despreza o mundo: seu fracasso nos dá a dimensão de sua grandeza, mesmo que não suportemos encará-la. Sabe que detém um poder incerto, que vigora sobre um território inacessível. Terra vaporosa, erguida na incerteza, é ali, no entanto, que ele deve habitar. “Sou da pátria de fronteira/ rei de Portugal e Algures”, escreve. Para, linhas abaixo, enfatizar: “rei de Algures e Nenhures”. Rei de nada _ governa um território não localizável, “sem arautos nem bandeira”, que, mais que possuir, ele precisa construir. Sai de si essa terra. É a si mesmo, com sua nave louca, que deve atravessar e governar. As duas figuras que norteiam o livro de Marco Lucchesi _ Clio, a musa da memória, e Insônia, a ameaça do vazio _, combinadas, lhe traçam um destino nada promissor. “Meu pensamento/ é um porto/ de conjuras e naufrágios”, ele admite _ fascinado, ainda, pela figura oculta de Dom Sebastião. Se há um destino? Escreve porque acredita que sim. Mas os vestígios são raros, os sinais intermitentes, as lacunas (abismos) se abrem mais vastas que o incerto chão. É nessa estrada quebradiça que ele avança. Mais grave: diante do esforço imenso, luta insana com as palavras, é ela tudo que lhe sai. Porque a estrada é ele mesmo, poeta solitário. Escreve atiçado pela ideia do desastre. A qualquer momento, um evento, uma desgraça pode dobrá-lo. Constata: “A poesia é o mar vermelho do real/ afoga-se quem busca a promissão”. Nada se promete: e é esse o limite que o poeta precisa aceitar, ou não conseguirá escrever. Ficar com o vermelho ardente do real (sangue), dele arrancar palavras, esboçar caminhos: eis tudo. Eis a poesia. Em Deli, hospedado no Sebastian Inn, perplexo, constata: “Procuro/ no espelho do hotel/ a fonte em que se apuram meus enganos”. Eis aí, resumido, seu destino: escrever é enganar-se. Chegando a Adis Abeba, o poeta-viajante se depara com outra parte da verdade: “A história é uma esfinge a erguer atrás do sol/ as velhas pálpebras”. Eis Clio _ pálpebra, véu que recobre os olhos, cegueira. A memória é feita mais de esconderijos que de luz. Nesse cenário inconstante, longa planície de trevas, só o silêncio se aproxima da verdade. Só o silêncio diz o que é. O poeta constata: “sujo de silêncio/ ébrio/ de silêncio/ aclaro/ as úmidas/ cisternas/ do coração”. Onde as palavras fracassam, ou pelo menos vacilam, melhor engoli-las a seco. Melhor trabalhar com sua ausência ou, pelo menos, com sua impossibilidade. Melhor ficar com o vago: “a selva/ espessa/ do indeterminado/ tangida/ de secretas/ harmonias”. Inquietante destino _ que me afeta, brutalmente, como leitor: só na desarmonia resiste alguma esperança de harmonia. O poeta deve partir do que é. Deve partir do que tem _ tão pouco. E não temer a perdição. Sereno, diz: “eu me dissipo/ nas coisas/ que congrego”. Mesmo na incerteza, mesmo quando as coisas lhe escapam, um poeta deve incluir tudo. Aqui me vem um trecho de entrevista de Lucchesi ao poeta Floriano Martins. “Não quero ou. Quero e”, afirma o poeta. Recorda uma cena da juventude quando, em certa tarde do Recife, acabou de escutar um concerto de Vivaldi, na Sala Cecilia Meirelles. Logo depois, encontra-se, por acaso, com Luis Gonzaga que, num rompante, lhe toca o Asa branca. “Não era

Ler mais »

Trecho da Mensagem do Papa Francisco ao Rio de Janeiro – 01/01/2015

Ler na íntegra “Querido povo brasileiro, É com grande alegria que me dirijo a vocês, às vésperas do Ano Novo, que marcará o início das comemorações pelos 450 anos de fundação da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, para saudar, numa tão feliz circunstância, o amado povo carioca, que me recebeu de braços abertos por ocasião da Jornada Mundial da Juventude de 2013, e acender o novo sistema de iluminação da Estátua do Cristo, como fez o Beato Papa Paulo VI há cinquenta anos, simbolizando a luz que o Senhor quer acender nas nossas vidas. “Quatrocentos e cinquenta anos já representam uma venerável história; a história de um povo corajoso e alegre que nunca se deixou abater pelas dificuldades, a exemplo de seu santo padroeiro, o Mártir romano Sebastião, que mesmo depois de ter sido alvejado por flechas e dado como morto, não deixou de dar testemunho de Cristo aos seus contemporâneos; a história de uma cidade que desde o seu nascimento esteve marcada pela fé. Querido povo carioca: «crê em Deus, e Ele cuidará de ti; endireita os teus caminhos e espera n’Ele. Conserva o seu temor, e n’Ele envelhecerás» (Eclo 2,6)!“ Hoje, se pudéssemos nos colocar na perspectiva do Cristo Redentor, que do alto do Corcovado domina a geografia da cidade, o que é que nos saltaria aos olhos? Sem dúvida, em primeiro lugar, a beleza natural que justifica seu título de Cidade Maravilhosa; porém, é inegável que, do alto do Corcovado, percebemos igualmente as contradições que mancham esta beleza. Por um lado, o contraste gerado por grandes desigualdades sociais: opulência e miséria, injustiças, violência… Por outro, temos o que poderíamos chamar de cidades invisíveis, grupos ou territórios humanos que possuem registros culturais particulares. Às vezes parece que existem várias cidades, cuja coexistência nem sempre é fácil numa realidade multicultural e complexa. Mas, diante deste quadro, não percamos a esperança! Deus habita na cidade! Deus habita na cidade! Jesus, o Redentor, não ignora as necessidades e sofrimentos de quantos estão aqui na terra! Seus braços abertos nos convidam a superar estas divisões e construir uma cidade unida pela solidariedade, justiça e paz. E qual seria o caminho a seguir? Não podemos ficar “de braços cruzados”, mas abrir os braços, como o Cristo Redentor. Por isso, o caminho começa pelo diálogo construtivo. Pois, «entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo. O diálogo entre as gerações, o diálogo no povo, porque todos somos povo» (Discurso à classe dirigente do Brasil, 26 de julho de 2013). Neste sentido, é preciso reconhecer que, independentemente do seu grau de instrução ou de riqueza, todas as pessoas têm algo para contribuir na construção de uma civilização mais justa e fraterna. De modo concreto, creio que todos podem aprender muito do exemplo de generosidade e solidariedade das pessoas mais simples; aquela sabedoria generosa de saber “colocar mais água no feijão”, da qual o nosso mundo ressente tanto.

Ler mais »

Êxodo? Deuses e Reis

Êxodo? Deuses e Reis: A Caricatura de Scott Carlos Frederico Gurgel Calvet da Silveira Presidente do Centro Dom Vital Thiago Cabrera Membro do Centro Dom Vital   A longa tradição de filmes bíblicos, assim como o conhecimento amplamente difundido da figura de Moisés, não permite que atribuamos as falhas de roteiro do novo filme de Ridley Scott, segundo argumento corriqueiro, à ignorância religiosa. Trata-se de algo mais: uma opção racionalista com finalidade política. Este mais, contudo, é um menos. Comecemos, pois, pelo que falta: da ambientação aos personagens principais. Vamos, pois, ao setting. Deixando de lado toda a beleza das regiões da Andaluzia, onde o filme foi rodado, o diretor opta pelo lúgubre. Acerta em escolher vielas e cubículos para construir uma atmosfera que corrobore sua linha de pensamento centrada na ideia da luta dos hebreus como luta meramente política, com táticas de guerrilha ou de terror. Portanto, a ênfase recai nas agruras físicas, no sofrimento material, no ambiente inóspito, na sujeira, na poeira. Christian Bale está no papel principal. Seu antagonista, Ramsés, é interpretado por Joel Edgerton. O primeiro até convence do ponto de vista da caracterização física do personagem, contudo, nada representa da psicologia ou da espiritualidade do grande patriarca. A razão da descaraterização espiritual do personagem está no roteiro: o ator não tinha muito que fazer. Ramsés não passa de caricatura, personagem raso, sem nuanças, primitivo e, certamente não representa o grande líder egípcio. Os coadjuvantes, em geral, conseguem desenvolver melhor seus personagens, justamente porque não estão no foco dos roteiristas. Menção especial a Ben Kingsley e a John Turturro. Os personagens. Falta uma ideia clara sobre a figura de Moisés. O líder hebreu, como já foi observado pela crítica especializada, no momento decisivo de sua vida, não passa de um chefe guerrilheiro. Seu enfrentamento com Ramsés II, um mero problema de ressentimento familiar. A racionalização das intervenções divinas em favor de seu povo, como as pragas e, sobretudo, a passagem a pé enxuto pelo Mar Vermelho, proporcionam um naturalismo estéril cujo mérito está em sequestrar a sensibilidade do espectador. O povo hebreu, que algum protagonismo haveria de ter num filme que trata de sua libertação, desaparece nos logaritmos dos efeitos computacionais que fracassam, como de costume, na busca de compensar a pobreza dramática. Extenuados estamos dos exércitos binários, desses espectros tecnológicos deslocados, especialmente em filmes de época. Diferentemente do que deveria ser o retrato dessa figura histórica, o patriarca, símbolo da libertação espiritual da humanidade, Scott concede à mentalidade corrente da desconstrução dos heróis e dos símbolos para favorecer não se sabe bem o quê. O parágrafo conclusivo do estudo de Gregório de Nissa sobre a vida de Moisés oferece-nos um bom contraste com o que podemos ver na caricatura de Scott. Merece ser citado integralmente para a nossa meditação: “Portanto, como nosso propósito era saber em que consiste a perfeição da conduta virtuosa, creio, pelo que dissemos até aqui, que descobrimos esta perfeição. É hora de que te voltes, homem generoso, para o modelo, e transportes para a tua própria vida aquilo que a contemplação espiritual dos acontecimentos históricos nos mostrou: de ser reconhecido por Deus como seu amigo e de realmente o ser. Porque aí está realmente a perfeição, não mais de abandonar a vida de pecado por temor do castigo à maneira dos escravos, nem de realizar o bem na esperança de recompensas, traficando com a vida virtuosa numa mentalidade interesseira e calculista, mas, olhando mais alto que todos os bens que nos são reservados na esperança segundo as promessas, de não temer senão isto: de perder a amizade divina e de não estimar senão o que é honrável e amável, de tornar-se amigo de Deus, o que é, para mim, a perfeição da vida. Se isto for conquistado por ti – e o será abundantemente, eu o sei -, teu espírito, elevando-se ao que é verdadeiramente grande e divino, o ganho disso será para todos, no Cristo Jesus. Amém”. Eis aí algo novo, embora patrimônio da cultura cristã antiga, que poderia trazer alguma luz à figura sombria de Moisés retratada no filme em pauta. Outro personagem que merece menção pela carência de sentido, é o próprio Deus, que se manifesta como uma criança mal-educada, prepotente e age com arbitrariedade. Moisés e Deus lutam entre si como crianças, quase uma birra. Injustificável a materialização de um Deus que nem seu nome deixa pronunciar.      

Ler mais »

Guerras de religião?

O estrangeiro bate à nossa porta. Não há outro caminho senão o diálogo Com o fim da Era dos Extremos e das Torres Gêmeas, postas de pé, eis-nos diante de um novo pluralismo. O mapa-múndi das religiões assiste a uma espécie de mutação transgênica. Los Angeles é uma das maiores cidade budistas. O catolicismo cresce de modo vertiginoso na Ásia. A Inglaterra deve igualar em breve o número de muçulmanos e anglicanos, ao passo que o hinduísmo e o judaísmo realizam um conjunto de aproximação e trocas simbólicas. O estrangeiro bate à nossa porta. Não há outro caminho senão o diálogo: na energia crescente, no vínculo de relação que o constitui. O diálogo é um tesouro precioso, uma zona de aventura, espanto e inquietação. O diálogo deve ser uma zona de passagem, um espaço potencial, uma cartografia inacabada, a que aderem as partes, ciosas de sua identidade, convidadas a pensarem sob uma nova luz. Sem proselitismo. Não para reduzir o outro, não para o convencer de que está errado, mas para aprender com ele, num caminho novo. O diálogo é um ponto de luz, uma porta de saída para o impasse, um gesto solidário. […] Leia mais no site de O Globo Leia outros texto de Marco Lucchesi no Clipping do CDV  

Ler mais »

Empoderamento do cidadão

As notícias são desalentadoras: agente de trânsito é multada por cumprir a lei e autuar membro do Judiciário em franco ato ilegal; contratos com grandes empresas são mantidos, a despeito dos prejuízos ao governo; bilhões do erário são roubados enquanto manobras políticas pretendem proteger os responsáveis. E o homem comum se pergunta: por que manter-me honesto enquanto a hipocrisia, a corrupção e a insensatez campeiam a céu aberto? Segundo Auguste Comte, “o homem propriamente não existe, nem pode ser mais existente que a humanidade”. De acordo com o pai do positivismo, a ação concreta de cada indivíduo (assim como decisões governamentais) considera tão-somente as demandas do tecido social onde surge. Para ele, o indivíduo é uma peça na engrenagem e suas necessidades devem ser secundadas aos imperativos da comunidade. Assim nasce o coletivismo social, que anula o indivíduo e enfraquece seu poder transformador. Entretanto, em tempos de “empoderamento” feminino, resta óbvio que não se deve concordar com Comte e sua tese do determinismo social. Antes, é necessário ser mais inclusivo e levar a termo um “empoderamento” do indivíduo. Importa que o cidadão comum retome as rédeas da sociedade e não determine suas ações por orientações genéricas de um ente social amorfo. A liberdade individual deve ser reafirmada e a inspiração positivista dificulta a responsabilidade pessoal. Sob esse estigma comteano, os indivíduos perdem a força de transformação e costumam transferir para seus representantes a tarefa de realizar as mudanças de que precisam. E, se eles não as efetivam, o cidadão sente-se incapaz de pôr em marcha as modificações de que necessita. Contudo, esse sentimento de impotência não o torna dócil. […] Leia mais no site de Gazeta do Povo Leia outros texto de Robson Oliveira no Clipping do CDV

Ler mais »

Presidente Carlos Frederico na 3ª edição do Prêmio Patrícia Acioli

3ª edição do Prêmio Patrícia Acioli – Fonte: R7 A terceira edição do Prêmio Patrícia Acioli de Direitos Humanos foi realizada no Theatro Municipal, na Cinelândia, no Centro, na noite desta segunda-feira (17). Os autores de trabalhos acadêmicos e realizadores de práticas humanísticas receberam prêmios em dinheiro. Já os alunos com melhores redações receberam tablets. [iframe width=’448′ height=’315′ frameborder=’0′ marginheight=’0′ marginwidth=’0′ scrolling=’no’ src=’http://player.r7.com/video/i/546bac48490f8cf9390030ee?layout=wide252p’] O presidente do Centro Dom Vital, professor Carlos Frederico Calvet, recebe o prêmio das mãos da desembargadora Leila Mariano.

Ler mais »

Prêmio Juíza Patrícia Acioli

O professor Carlos Frederico da Silveira, presidente do Centro Dom Vital (Associação de Leigos Católicos), e a professora Hilda Bentes foram os ganhadores da categoria “Trabalhos Acadêmicos” do 3º Prêmio Juíza Patrícia Acioli de Direitos Humanos, promovido pela Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), com apoio do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. A cerimônia aconteceu no Theatro Municipal, na noite dessa segunda-feira (17). Os professores receberam o prêmio das mãos da Presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Desembargadora Leila Mariano. A premiação, de abrangência nacional, tem o nome da juíza da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo Patrícia Acioli, assassinada em Piratininga, Niterói, em agosto de 2011. O prêmio conta com duas categorias: Práticas Humanísticas e Trabalhos Acadêmicos. Para ambos, a temática deste ano foi “Educação e Direitos Humanos: A pessoa em primeiro lugar”. Além disso, o evento promoveu um concurso de redações para alunos do Ensino Fundamental, com o tema “Brasil, Cidadania e Direitos Humanos”, aberto às escolas municipais cariocas. .        

Ler mais »
logotipo branco do Centro Dom Vital

Associação de leigos católicos, dedicada, desde 1922, à difusão da fé e à evangelização da cultura no Brasil: revista A Ordem, palestras, cursos, etc.